quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Quero ler - Maze Runner




Já faz um tempo que eu ouvi sobre Maze Runner pela primeira vez - principalmente no instagram, bastante gente lendo e publicando a capa (falando nisso, já me segue por lá? @estoquedelivros), mas nunca dei muita atenção, sei lá por quê.

Até que na semana passada eu vi o trailer do filme e então tudo mudou. Fui procurar mais informações sobre a série e agora o estrago está feito: quero ler!
Isso só se intensificou depois que eu pesquisei sobre os livros e encontrei alguns detalhes legais que vou compartilhar com vocês.

- O autor James Dashner levou 4 ou 5 anos para terminar a série. Isso porque ele escreveu outros dois livros simultaneamente com a série.

- A série tem inspirações em Ender's Game, filme lançado em 2013 que conta a história de um garoto que é treinado para evitar invasões extraterrestres à Terra (esse não despertou minha atenção...).

- James Dashner revelou ainda que a idéia do labirinto utilizado na série de livros surgiu do livro (e também adaptado para o cinema) O Iluminado, de Stephen King. O autor contou em entrevista que  achou muito assustadora a ideia de se ver preso e perdido dessa forma.

SOBRE OS LIVROS:

Fiquei bem confusa, porque em alguns lugares, vi que era uma trilogia, mas vi cinco volumes a venda.
Explico. Maze Runner é realmente uma trilogia, porém, mais um livro foi lançado (Ordem de Extermínio) e a história desse se passa antes dos acontecimentos de Maze Runner. A série conta ainda com um livro extra, que é uma espécie de guia ou manual de informações que une algumas pontas que ficam soltas no livro.

O filme Maze Runner - Correr ou Morrer tem sua estreia prevista para Setembro de 2014.

E aí? Curiosou?

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Resenha - A garota que você deixou para trás



Primeiro de tudo eu quero esclarecer que eu avalio a qualidade de livros de dois jeitos diferentes:
Quando eles são divididos em séries e aí eu avalio como um todo os livros juntos e quando eles são livros únicos, sem continuação.

Com isso esclarecido, quero dizer que: Caramba! Esse livro me surpreendeu demais, e de uma maneira super positiva!
A garota que você deixou para trás, da autora Jojo Moyes, conta duas histórias cruzadas, ligadas por uma pintura do século XX. A história de Sophie, a garota retratada no quadro e sua irmã, que em meio à primeira guerra mundial têm que tocar sozinhas um hotel em uma cidadezinha da França, já que seus maridos foram convocados para servir ao exército. As duas irmãs se vêem em um impasse com elas mesmas, seus valores e também com a população da cidade quando são designadas para cozinhar para os soldados alemães situados na cidade e serví-los em seus salões do hotel e Sophie ainda mais, quando o Comandante dos soldados parece enfeitiçado por seu quadro.

Conta também a história de Liv, em 2006, detentora do quadro de Sophie: uma viúva com a vida bastante parada e sem graça que reencontra uma amiga da faculdade em um jantar-encontro que é um fiasco e então começa a cair na realidade do que realmente está fazendo com sua vida. O detalhe aqui é que Mo, a colega de faculdade, é uma garota bastante estranha que parece, por vezes, não ter papas na língua e passa a viver com Liv, mesmo tendo sido convidada por apenas uma noite.
Liv se vê em uma grande enrascada quando por acaso descobrem a obra de arte dela e assim, a família que se elege proprietária do quadro por linhagem quer o poder do quadro.

O que eu mais gostei nesse livro é que a autora mescla as duas épocas de uma maneira tão bem feita, tão no ponto certo, que a vontade de terminar a leitura só cresce e desse mesmo jeito, é meio impossível definir de qual das duas partes eu tinha mais curiosidade em saber: se o que acontecia com Sophie lá atrás ou como Liv ia resolver seu impasse. A autora escreve com a quantidade necessária de detalhes, não é excessiva e deixa espaço para a imaginação e de um jeito fluído e que faz querer mais e mais a cada momento.
Livro recomendadíssmo!

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Resenha - Doidas e Santas

Doidas e Santas, Martha Medeiros




Estive lendo algo diferente do que costumo, porque eu acho bom variar e porque foi o que me chamou a atenção nas últimas páginas da lista do Kindle.
O livro Doidas e Santas, da Martha Medeiros é composto de textos curtos, de duas ou três páginas, sobre eventos cotidianos da vida da autora. Eventos cotidianos que poderiam ser da minha vida também e carregados da percepção dela, que carrega um jeito leve de escrever, fácil, sem que você tenha que parar para pensar "o que ela quis dizer?".
Logo no princípio do livro, ela fala sobre mudança de casa, e trata da importância de a gente se livrar das tralhas que vai juntando na vida. E eu não poderia concordar mais. Viver faz com que a gente acumule tralha daquelas que talvez nunca use e fica adiando doar.
Em um outro texto, ela fica imaginando o que Vinicius de Moraes, o poeta, pensaria dessa gente de hoje, arrogante e cheia de ostentação e diz: "lembrando que a gente perde muito tempo se anunciando, dizendo que faz e acontece, quando na verdade tudo o que precisamos, ora, é viver." Que eu acho que tem muito a ver com a realidade do pessoal que fica anunciando tudo que faz no Facebook e em outras redes sociais. Muita exposição e pouca ação focada em coisas que realmente importam.
Acho um livro bem legal para quem não está com muito tempo para ler histórias grandes, para quem quer dar uma pausa curta no meio do dia ou ir lendo no ônibus. Também é legal pra quem ficou com ressaca de algum livro ir se recuperando para ler outro.
A leitura é leve e fácil, mas algumas das frases da Martha nos ensinam e outras, nos relembram aquilo que já sabíamos!

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Resenha - Os homens que não amavam as mulheres


Sabe aqueles livros que você tem vontade de ler, mas por um motivo ou outro fica adiando?
Então, Os homens que não amavam as mulheres era assim para mim. Eu cismei que queria comprar a trilogia, mas sempre que eu via, custava mais ou menos um chute no estômago e aí, depois que eu ganhei um Kindle de aniversário, achei que seria muito legal unir o útil ao agradável. E aí que esse livro foi minha segunda leitura nele.
Pois bem: esse livro faz parte de uma trilogia, intitulada Millenium e se passa na Suécia (lugar meio incomum para nós, brasileiros).
Imagine o que um jornalista preso por cometer um erro, uma garota rebelde, com fama de ter problemas psicológicos e um grande empresário já idoso têm a ver. Pois bem, nada!
Mas o que acontece em OHQNAM é que os caminhos dessas três pessoas estão interligadas por um mistério que assola Henrik Vanger (o empresário idoso) há tempos.
Henrik recebe uma flor emoldurada todos os anos, presente que sua sobrinha costumava lhe dar de aniversário. Mas o que acontece é que sua sobrinha está desaparecida há cerca de 40 anos e Henrik tem a profunda desconfiança de que o assassino é quem lhe envia os "presentes", para mexer com sua cabeça.
O livro acaba girando em torno desse mistério, em que Mikael Blomkvist é envolvido um pouco sem querer, com a promessa de que o erro que cometeu em sua matéria jornalística pode ser revertido e a história acaba sendo muito mais interessante do que parece.
No início do livro, temos a apresentação dos quadros emoldurados e eu já fiquei pensando "Eba! Assassino maluco no pedaço!". Porém, nas páginas seguintes, pode-se perceber uma grande explicação de fatos que parecem inúteis ao leitor e, de início, eu tive que persistir um pouco para me manter na leitura porque toda hora parava e pensava "mas onde é que o autor quer chegar com isso?".
Ou seja: é um pouco complexo e o mistério central por vezes parece que não vai ser resolvido, visto que existem tantos detalhes, pessoas e acontecimentos ao redor, mas eu digo: Vale muito a pena ler!
As vezes é bom ter que pensar um pouco para absorver os fatos, forçar a cabeça um pouquinho e eu gostei muito da leitura e do desfecho dos acontecimentos, sem contar Lisbeth Salander, a menina meio doidinha que eu mencionei ali em cima, que não quero entrar em muitos detalhes, mas é a personagem mais interessante do livro, daquelas que a gente se apega!
Resumindo: Recomendo muito a leitura! Complexa, envolvente e com um desfecho bem diferente, literatura diversa à que estamos acostumados :D

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Crítica - Mommy Porn

Sim, vamos falar de assuntos polêmicos.
Todos sabem que ontem saiu o trailer da tão esperada adaptação do livro 50 tons de cinza para o cinema e aí BOOM, o que estava esquecido voltou a ser lembrado! O que eu vou fazer aqui é mostrar o que eu penso a respeito desse gênero de livros.
christian gray gato
Explico que não tenho nada contra o gênero e inclusive li (por enquanto 50 Tons de Cinza e os dois primeiros da saga Crossfire, então vou focar mais neles), e posso dizer que nos dois casos, fiquei curiosa para saber o que ia acontecer e não tão vidrada nas cenas calientes. O que eu sempre me questiono enquanto leio é: Como podem aceitar essa trama? Como as mulheres podem ler isso e considerar aceitável? Separei em alguns tópicos para não escrever sem rumo:
Mulheres-milagre: Em ambas as tramas, que por sinal, têm muito em comum, as protagonistas são definitivamente um milagre. Isso porque os garanhões da trama são mulherengos, inalcançáveis e verdadeiros casos perdidos. Mas as mulheres-milagre que aparecem em suas vidas, magicamente fazem com que absolutamente tudo mude em questão de meia dúzia de páginas. Christian Grey desiste de seus hábitos criados por ANOS quando Anastácia faz cara de magoada. Gideon Cross nunca levou uma mulher para sua casa, mas quando Eva dá um chilique, ele a leva. Como isso acontece, que poder elas têm, ninguém sabe. Tudo bem, quando as pessoas sentem algo diferente, elas podem mudar. Mas o que acontece é que a rapidez que os fatos se sucedem é um pouquinho acelerada e, para mim, incoerente.
Ana, de 50 tons, inclusive era virgem, estava totalmente despreparada para tudo, não sabia nem onde colocar a mão, convenceu o cara de fazer o que ele não fazia e ele do nada aceita, quando o mais provável é que ele mandasse ela ir pastar.
Atração está para desastre?: Em ambos os livros temos uma cena no mínimo patética quando as protagonistas conhecem seus futuros parceiros. As duas caem no chão. Anastácia vai fazer uma entrevista com Grey e ao entrar em sua sala, pisa em uma casca de banana invisível e vai ao chão. Eu sairia de lá rapidinho, mas Ana é ajudada por um solícito Christian e, para coroar a péssima qualidade da escrita sente choques elétricos onde ele encosta. Acabou de conhecer o cara e já tá derretida assim?
Eva, por sua vez, vai ajudar uma moça, se atrapalha e CAI aos pés de seu futuro amado. O que há com essas mulheres? Qual a chance de conhecer um namorado desse jeito? A situação é amenizada porque Gideon agacha ao nível dela, tratando ela como uma igual, para ajudá-la.
Meu único questionamento é: cair é sexy? A única reação que eu vi para alguém caindo no chão é riso e solidariedade.
Riqueza e Submissão: Daí você cai literalmente aos pés de um cara podre de rico. Daí ele manifesta interesse por você, mesmo você não se encaixando nas preferências dele. Então, no caso de Ana, em 50 tons, ele te leva pra casa dele, fala umas coisas bem estranhas e aí você descobre que ele é dominador (lembrando aqui que você é virgem, hein?) e quer que você assine um contrato. Um contrato, gente, olha o absurdo! O que você faz? a) Sai correndo, falando que seu gato está sem comida há dois dias b) Sorri para o lindo, reluzente, viril e RICO homem em sua frente e assina.
Crítica a 50 tons de cinza
Não dá. É de dar revolta! Sabemos que o contrato é assinado pela atração que Ana sente, por nada mais. Ela não conhece o cara, ele sai meio que perseguindo a menina e ela achando tudo super normal, incrível e conversando com sua deusa interior (que é outra coisa desnecessária na trama e só mostra como a personagem é insegura. Ponto positivo pra Sylvia Day que não  inventou nada do tipo para sua personagem, a Eva).
Fica claro que o fator riqueza e beleza são fatores de decisão importantíssimos nesses dois títulos. Eva é mais velha, sabe o que quer, não é boba e tem dinheiro também, o que ameniza, mas não dá perdão a ela.
Tudo se resolve com... sexo: Enquanto leio e vou conhecendo mais sobre os personagens, não posso aceitar e nem entender que todos os conflitos que aparecem sejam resolvidos com sexo.
Os personagens estão na maior briga, ou em uma situação estranha e desconfortável e aí de repente, um se aproxima do outro e inesperadamente a situação muda, tudo começa a esquentar e pronto! O problema foi resolvido. Ou, no mínimo, adiado para outro momento mais oportuno.
Eu poderia citar as situações estranhas ou embaraçosas aqui por um dia todo, mas o post vai ficar ENORME (já está). Entre as duas séries que li, considero Crossfire  um pouco melhor, já que existe uma trama um pouco mais elaborada girando em torno dos personagens e a autora consegue segurar um pouco mais os mistérios e dilemas, prendendo o leitor.  O ponto que me dá mais raiva é a dependência descarada do casal, em diversas partes do livro somos soterrados de frases como "Se você me deixar, eu me mato" ou "eu não sou nada sem ele, minha vida não presta".
Se alguém dissesse isso para mim, eu ficaria assustadíssima, sério.
50 tons já traz algumas coisas mais infantis por parte de Ana, como a já citada deusa interior, assim como todas as inseguranças da moça e a necessidade de Christian de encher ela de presentes, coisas caras e, com elas, imposições das mais variadas. Sem contar as manias que os machos alfa têm de perseguir suas amadas. São quase onipresentes, sabem tudo que elas vão fazer, onde estão, onde estarão, olham faturas do cartão, quebram sigilo... GENTE, não é romântico, é medonho!
O que me fez escrever esse post é mais uma dica (lembrando que todos têm o direito de discordar, hein?): Meninas (e meninos) que lêem e ficam sonhando com um Sr. Grey ou um Gideon Cross: por favor, tenham senso crítico! O que nos é apresentado nessa literatura é algo fantasioso, um romance forte com pretextos para cenas de sexo. Vale sempre ser realista e se perguntar: "Isso é realmente romântico ou é uma forma de violar a privacidade e a liberdade da pessoa?" ou "Como eu me sentiria se isso acontecesse comigo?".
NÃO é legal aceitar ser submisso a alguém, não faz bem ser comandado ou comandada de alguma forma e, principalmente, o envolvimento com alguém que traz traumas do passado provavelmente não vai ser algo tão doce como por vezes é descrito nos livros.
E lembrem-se! Se não concordarem com algo em  um relacionamento, exponham! Ninguém tem obrigação de nada, a não ser respeito!
E pelo amor de Deus: não assinem nenhum contrato!

terça-feira, 15 de julho de 2014

4 em 1 - Resenha Série Riley Bloom

Série Riley Bloom


Não, eu não fiquei louca.
Estou aqui somente facilitando a minha vida e a vida de vocês :D
Explico: Li a série Riley Bloom, da Alyson Nöel bem rapidinho, porque os livros são finos e rapidinhos, cerca de 200 páginas cada um. Aí não compensa fazer uma resenha pra cada um, né? Bom, eu achei que não!
Resumindo a ópera e o cenário geral antes de passar para a resenha de cada livro: Riley Bloom é uma menina de 12 anos que morre em um acidente de carro, juntamente com seus pais e seu cachorro, Buttercup. Desse acidente, apenas sua irmã sobrevive - Ever, da série "Os Imortais". Mas ouvi tanta crítica a respeito dessa série que nem me interessei, parti logo para o spin off.
Riley fica meio perdida, vagando antes de passar a ponte para o Aqui, que é meio que o céu no livro e, quando finalmente atravessa, é designada pelo Conselho do lugar a ser uma Apanhadora de Almas, voltando para a Terra e convencendo almas a encontrarem seu caminho para o Aqui ao invés de assombrarem os lugares onde morreram.
Riley conta com a ajuda de seu labrador, que foi com ela e Bodhi (que nome é esse, gente?), seu guia oficial.
Radiante
O primeiro livro da série retrata a vida de Riley depois que ela passa para o Aqui, vivendo apenas o Agora. Todos têm funções no lugar, mas nenhuma foi atribuída a ela até então, então seus pais recomendam que ela vá para a escola, o que ela faz, com suas concessões, mas faz.
Depois da aula, que é um tanto irreverente, Riley se vê sozinha com seu cão novamente e descobre que o garoto meio ranheta e esquisito que ela logo de cara não gostou será seu guia. Bodhi, o bobão, a leva para uma visita ao conselho.
Riley então descobre que vai voltar para a Terra em missões de resgate de almas perdidas, que não foram em direção à luz, por assim dizer.
Seu primeiro desafio é o Garoto Radiante, em um castelo na Inglaterra, que assombra o lugar há tempos e ninguém até então conseguiu fazer com que ele tivesse o bom senso de sair de lá e ir para um lugar melhor.
Riley parte para a sua missão com a promessa de que seu guia a ensinaria a voar caso ela conseguisse vencer o espírito e levá-lo para o Aqui e com uma surpresa após ter sua tarefa concluída...
Luminoso
Riley Volta em mais uma aventura pós vida.
Ela, seu cão e seu guia, Bodhi, ganharam um descanso após a primeira missão e o estão aproveitando, quando de repente um cão infernal surge do nada, assustando Riley, que por vezes se esquece que é um fantasma e que nada mais pode lhe fazer mal.
Assim, Riley, que lembrem-se: é uma garota de 12 anos, um pouco mandona, com excesso de confiança e sem senso de perigo formado - bem como um certo complexo por AINDA ter 12 anos - decide descobrir o mistério do cão e o que ele está escondendo, o que é claro, envolve ela e seus amigos em uma nova aventura.
Mas o que fazer então quando Bodhi e Buttercup ficam presos em uma armadilha?
Riley tem que pensar entre agir sozinha ou confiar em um estranho e ainda arquitetar um plano para tirar seus amigos do perigo que os cerca e ainda lidar com problemas cada vez maiores, que só vão crescendo.
Terra dos Sonhos
Após os episódios ocorridos em Luminoso, Riley e seus amigos retornam ao Aqui e Agora, morrendo de medo de enfrentarem o conselho, que descobriu que a garota acabou agindo por conta própria em seu descanso.
Após a reunião, outra folga é dada para Riley e Bodhi, que por se desentenderem desde o início, acabam se separando para fazer coisas que eles gostam, para terem seu tempo sozinhos.
Acontece que, exceto por Buttercup e seu trabalho, Riley percebe que não tem o que fazer, nem amigos e nem para onde ir.
Assim, ela faz a única coisa que costuma fazer em seu tempo livre: observar a vida da irmã livre  e lá escuta rumores de que existe um lugar em que é possível enviar sonhos à pessoas vivas.
É claro que a menina se desespera e na hora pensa em ir para lá, quer falar com sua irmã desesperadamente e decide fazer o que estiver ao seu alcance para conseguir isso.
Esse foi o livro que mais me deixou irritada com Riley. Ao invés de a menina ir procurar algo para fazer, vai atrás de um negócio que nem sabe o que é com alguém que não conhece e, além disso, por várias vezes só pensa nela, em fazer treze anos e não ter mais o peito reto. É claro que nessa idade, parece que nosso único foco na vida é isso mesmo, mas vai além: Riley parece não saber ouvir não como resposta e é inconsequente apenas para conseguir o que ela quer.
Com alguns acontecimentos e ações no livro, ela descobre que no Aqui e Agora, sua casa, não é apenas "fazer o trabalho e ser paga". É preciso ser altruísta e não pensar em seus ganhos pessoas, o que eu achei muitíssimo bem feito!
Murmúrio
Riley está de volta para o último livro da série e sua nova aventura é em Roma, para convencer um fantasma centenário de um gladiador implacável a encontrar o caminho para atravessar a ponte.
A garota somente foi enviada pois pediu ao conselho por missões mais difíceis e, ao chegar ao local, descobre que nem Bodhi e nem Buttercup poderão acompanhá-la: a missão é somente dela.
Riley descobre que vários outros Apanhadores de Almas já ficaram presos nesse mesmo centário ao tentar cumprir a missão e isso a deixa mais insegura ainda, mas mesmo assim, a garota aceita ao desafio e parte para dentro do Coliseu para entender o que deve fazer.
A menina então descobre o fantasma de Messalina, uma romana da mesma época de Theocoles (sua missão), e tem a história toda mostrada por ela.
Único probleminha aí é que Messalina faz uns encantinhos básicos para seduzir Riley e a romana parece saber todos os maiores desejos do coração da Apanhadora de Almas, que tenta ao máximo resistir, mas logo é encantada novamente.
Esse é um dos pontos fracos do livro, porque a história começa a ficar um pouco repetitiva. Toda hora que a gente acha que Riley vai agir... PUF! Ela esquece tudo.
A conclusão da história é muito legal e dá para perceber uma evolução bem grande da personagem comparada aos primeiros livros, não posso dar aqui grandes detalhes né? Tem que ler para saber!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Resenha - O diário de Anne Frank

Diário Anne Frank



Bom, esse é um livro bem típico de leitura de escola para a prova de história, mas como a minha escola era bem da relaxada e não pedia para lermos livros, estou aqui com a resenha tardia, depois de ter lido por espontânea vontade.
O livro é a impressão do diário de Anne Frank e se passa em épocas da segunda guerra mundial. A menina, então com 13 anos, ganha um diário de presente e começa a contar um pouco de sua história.
Mal sabia ela que seu diário iria virar material histórico!
Acontece que, Anne era de uma família judia que decide que iria "mergulhar" em uma casa de gente aliada aos judeus. Mergulhar, no caso, seria sumir do mapa sem deixar vestígios e sem levar muita coisa, morando em um lugar próximo, porém sem poder sair deste local, que eles chamavam de anexo - pois era um ambiente anexo a uma empresa - para despistar os nazistas que buscavam judeus para os campos de concentração.
Pois bem, Anne, sua irmã e seus pais partem para o anexo, juntamente com sua família e posteriormente um dentista e a menina retrata seus dias com essas pessoas, enfatizando seu relacionamento conturbado com a mãe, a admiração pelo pai e como é complicada a convivência em um espaço fechado.
Conforme o tempo vai passando, Anne vai aprendendo a lidar melhor com as pessoas e a filtrar o que estas dizem a ela, que, por ser a mais nova da casa, acaba sendo "adotada" por todo mundo, que fica opinando no que ela deve fazer e como deve agir.  Mesmo assim, por vezes me parece que Anne foi uma menina um tanto presunçosa, talvez por ser inteligente. A carta que ela escreve ao pai em certa ocasião me deixou revoltada!
Apesar disso, é interessante perceber que, mesmo confinadas, os mais novos - e até o pai de Anne - tinham interesse pelo aprendizado e pelos estudos, jamais parando com suas obrigações. Eles podiam simplesmente pensar "somos judeus, ora ou outra vamos morrer, então para que estudos, não é?" Nada disso: Anne aprendeu umas duas ou três línguas, só reforçava que não gostava de matemática.
É bem interessante ver que os donos da empresa sempre são solícitos com os confinados e como todos sempre dão jeitos de dar presentes uns aos outros em seus aniversários.
Um ponto a ser reforçado é também o tipo de presente que se dava: Geralmente, alguma comida diferente ou gostosa, já que os mergulhados tinham acesso somente ao que lhes era mandado e com aquilo tinham que se virar. Livros e poemas também eram presentes comuns.
A alegria que Anne expressa ao ganhar um simples diário e caneta também são comoventes. Hoje nós temos acesso a tudo isso, mas é de se imaginar como era difícil conseguir essas coisas.
Como é de se imaginar, o diário não tem um fim: é adicionada uma nota ao final para esclarecer o que acontece com Anne e os outros mergulhados, o que é claro que eu não vou contar aqui. Vá ler!
Nota: 3/5