quarta-feira, 2 de julho de 2014

Resenha - O diário de Anne Frank

Diário Anne Frank



Bom, esse é um livro bem típico de leitura de escola para a prova de história, mas como a minha escola era bem da relaxada e não pedia para lermos livros, estou aqui com a resenha tardia, depois de ter lido por espontânea vontade.
O livro é a impressão do diário de Anne Frank e se passa em épocas da segunda guerra mundial. A menina, então com 13 anos, ganha um diário de presente e começa a contar um pouco de sua história.
Mal sabia ela que seu diário iria virar material histórico!
Acontece que, Anne era de uma família judia que decide que iria "mergulhar" em uma casa de gente aliada aos judeus. Mergulhar, no caso, seria sumir do mapa sem deixar vestígios e sem levar muita coisa, morando em um lugar próximo, porém sem poder sair deste local, que eles chamavam de anexo - pois era um ambiente anexo a uma empresa - para despistar os nazistas que buscavam judeus para os campos de concentração.
Pois bem, Anne, sua irmã e seus pais partem para o anexo, juntamente com sua família e posteriormente um dentista e a menina retrata seus dias com essas pessoas, enfatizando seu relacionamento conturbado com a mãe, a admiração pelo pai e como é complicada a convivência em um espaço fechado.
Conforme o tempo vai passando, Anne vai aprendendo a lidar melhor com as pessoas e a filtrar o que estas dizem a ela, que, por ser a mais nova da casa, acaba sendo "adotada" por todo mundo, que fica opinando no que ela deve fazer e como deve agir.  Mesmo assim, por vezes me parece que Anne foi uma menina um tanto presunçosa, talvez por ser inteligente. A carta que ela escreve ao pai em certa ocasião me deixou revoltada!
Apesar disso, é interessante perceber que, mesmo confinadas, os mais novos - e até o pai de Anne - tinham interesse pelo aprendizado e pelos estudos, jamais parando com suas obrigações. Eles podiam simplesmente pensar "somos judeus, ora ou outra vamos morrer, então para que estudos, não é?" Nada disso: Anne aprendeu umas duas ou três línguas, só reforçava que não gostava de matemática.
É bem interessante ver que os donos da empresa sempre são solícitos com os confinados e como todos sempre dão jeitos de dar presentes uns aos outros em seus aniversários.
Um ponto a ser reforçado é também o tipo de presente que se dava: Geralmente, alguma comida diferente ou gostosa, já que os mergulhados tinham acesso somente ao que lhes era mandado e com aquilo tinham que se virar. Livros e poemas também eram presentes comuns.
A alegria que Anne expressa ao ganhar um simples diário e caneta também são comoventes. Hoje nós temos acesso a tudo isso, mas é de se imaginar como era difícil conseguir essas coisas.
Como é de se imaginar, o diário não tem um fim: é adicionada uma nota ao final para esclarecer o que acontece com Anne e os outros mergulhados, o que é claro que eu não vou contar aqui. Vá ler!
Nota: 3/5

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